Lá teremos que ir de camião TIR atolado de notas cada vez que formos visitar as nossas "queridas". O problema é que vai demorar mais tempo a conferir a "prendinha" do que a fazer o amoriii.

eu sei, a hipérbole é da minha inteira responsabilidade

mas tinha mais piada assim...

Agora, quanto à pequena revolução que está a passar por aqui: Tenham calma!
À 80 anos não existiam bancos centrais com o poder actual, nem a capacidade de actuar concertadamente no globo.
A macro-economia era coisa esotérica e o fluxo de capitais estava praticamente restrito a estados-nações.
É claro que vai doer, e muito! but it's not the end of the world as we know it.
A destruição criativa deu nisto mesmo, senão seria criativa destruição (o que provavelmente era mais perigoso).

vá lá, respirem fundo, olhem para cima... e pensem a quem vão telefonar amanhã (estou a falar de gajas, não de cv's! cambada de pessimistas!)

um abraço

O meu já está marcado
depois posto o TD



Utilizando alguns provérbios, alterados pelo humor popular brasileiro:

Se durante tempos difíceis souber,

Em terra de cego quem tem um olho é caolho !!! - utilizar a visão
Quem espera, senta e cansa. - não esperar que as oportunidades lhe apareçam do céu
Quem ri por último ... ri atrasado. - agir na hora certa
Em rio que tem piranha jacaré usa camisinha !!! - proteger-se
Devagar ... chega-se atrasado. - agir rapidamente
Quem cedo madruga, não pega ônibus lotado! - não entrar nas oportunidades depois de todos estarem dentro dela

você sairá vitorioso.



Por outro lado, lembre-se, quando mais se expor, maior será a ameaça.

gaijodonorte, tudo isso é verdade, e penso que os presentes todos conhecem a cartilha.
Mas... em momentos de alteração drástica da realidade as we know it, o melhor conselho continua a ser:
a deep breath and always look on the bright side of life
amanhã o sol voltará a nascer a oriente e a descer a ocidente.

fodasse que esta merda também me está a deixar zen... deve ser contagioso

Já que o contagio está feito, ve se isto ajuda a entrar no clima zen.

cump's

nope... eu só chego lá com destruição de valor, falências, despedimentos em massa e taxas de juro de dois digitos

Agora que a AIG está "salva" venho apelar à memória do eduardob:
Quando ela é negra ou mesmo só escurinha o sabor é muito particular mas tem grandes apreciadores . . .

Confrade Piotr pela-se por um bom chocolate

Mantenha-se atento ao retorno da minha pérola negra, pois é uma verdadeira iguaria.

Diário económico, 17 Set 2008

Colapso financeiro 2008-09-17 00:05
Fundos portugueses perdem 8 milhões com Lehman e AIG
Há 13 fundos com exposição às duas entidades. Só na última semana e meia perderam 2,6 milhões de dólares.

Marta Reis e Tiago Freire

A falência da Lehman Brothers e as dificuldades de sobrevivência do grupo segurador AIG estão a atingir alguns fundos portugueses, que tinham exposição a estas entidades norte-americanas, quer através de acções, quer de obrigações.

São pelo menos 13 os fundos portugueses expostos a estes activos, de acordo com a análise feita pelo Diário Económico no ‘site’ da CMVM.

Excluindo o montante dos títulos de dívida, as perdas acumuladas em 2008 pelos fundos portugueses através da exposição a AIG e Lehman ascendem a 7,7 milhões de dólares. Desde o início da semana passada, quando começaram a ser mais evidentes os graves problemas do banco de investimento norte-americano, as perdas são de 2,6 milhões de dólares.

O BPI Reforma Investimento PPR é o fundo com maior exposição a acções da AIG, 95.814 títulos, e também com mais acções da Lehman Brothers em carteira, 4.328.

Outros fundos com acções da AIG em carteira são o BPN Optimização, BPN Valorização, BPN Acções Global, Santander Acções América, Santander Acções USA e Millennium Acções América. Apenas dois fundos têm dívida da AIG, o BPI Global (12,5 milhões) e o Popular Valor (200 mil).

Quanto à Lehman Brothers, além do fundo do BPI acima referido, estão ainda expostos mais dois fundos portugueses, o Santander Acções América e o Santander Acções USA. No caso do banco de investimento norte-americano, a exposição dos fundos portugueses existe sobretudo através de títulos de dívida; dos seis fundos com obrigações da Lehman em carteira, o que tem maior exposição é o ES Estratégia Activa II (5,2 milhões).

Em Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a monitorizar a situação. O Diário Económico sabe que o regulador pediu aos fundos, logo na segunda-feira de manhã, que lhe reportassem os valores de exposição directa à Lehman e estes terão já respondido, sendo que, em termos gerais, essa exposição não é significativa. Para além dos efeitos directos, os fundos nacionais têm sido afectados sobretudo por efeitos indirectos, com a quebra dos mercados financeiros a arrastar o valor das carteiras.

Desde Julho de 2007, a CMVM adoptou medidas extraordinárias de supervisão dos fundos, obrigando-os a uma maior frequência do reporte de informação, sobretudo a relativa à liquidez. Na prática, o regulador quererá saber se os fundos estão preparados para fazer face a um eventual aumento do número de resgates, o que poderá ser coberto, se a situação o exigir, com a venda de activos dos fundos ou com recurso a endividamento, embora estes dois mecanismos tenham limites legais.

O Diário Económico tentou também, sem sucesso, contactar o presidente da APFIPP.

Na última semana e meia, as acções da Lehman Brothers perderam quase todo o seu valor em bolsa, passando de 16,2 dólares (valor a que tinham encerrado a 5 de Setembro, sexta-feira) para pouco mais de 20 cêntimos na sessão de ontem. Só na segunda-feira, dia em que o mercado reagiu ao pedido de falência anunciado no domingo, a Lehman encerrou a perder 94,25%.
No caso do AIG, o perigo de falência existe, mas continuam a ser estudadas formas de salvar o grupo segurador. Além das notícias de dificuldades financeiras que o banco atravessa estiveram também a penalizar a cotação do grupo, os cortes no ‘rating’ por parte de Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s. Nas últimas três sessões, as desvalorizações do AIG na bolsa de Nova Iorque superam os 84%.

Vá lá que não tenho nenhum destes fundos. Tadinhos dos accionistas da Lehman e da AIG. Os investidores sabem que podem perder, mas perder a totalidade é mesmo fodi...

Relativamente ao FT, obviamente era uma ironia... eu tb leio diariamente o FT e mais uma catrapada de jornais... mas note-se que é mais por "uma espécie de cultura geral"... Ali não há informação que permita fazer dinheiro, mas permite isso sim, criar uma visão global que vai sendo útil. Qualquer informação a partir do ponto que é notícia, ardeu ! Ou melhor, até pode ser a partir desse ponto que se ganha dinheiro a sério
Isto é um jogo de perspicácia e acima de tudo antecipação. (caso contrário os jornalistas estava todos ricos !)

Relativamente ao estouro, ele tinha que acontecer. Tal como na bolha imobiliária, ou nas .com tinha mesmo que acontecer... A questão era quando e com que extensão.

Entretanto jogava-se aquele das cadeiras, em que os menos lestos ficam eliminados (mais uma vez perspicácia a antecipação...), foi o que aconteceu a Lehman, ficou sem cadeira... a AIG e outros safaram-se com o dinheiro dos impostos para evitar males maiores... Era um gorila demasiado grande ainda se descontrolava e partia a mobília toda.

Quando, já sabemos; a extensão a ver vamos (mas tudo indica ser maior do que a expectativa geral)... Se isto extravasa fortemente do mercado financeiro e leva os juros para os tais 2 dígitos que o RUC fala, os bancos nacionais vão virar imobiliárias !

E não vale culpar os financeiros, isso é feio ! Então ninguém sabia ? Onde é que os fundos de pensões andavam a aplicar os euros, a ver se conseguíam o impossível (lá se vão os ppr's e os complementos) ? E o crédito estúpidamente barato para o povo ficar contente, ir de férias, ter carro e comprar uma casa de 150K€ a pagar em 50 anos, com um rendimento de 20K€/anuais ? Não cabe ao estado regular estas coisas ? Fazer ver às pessoas que não é exequível ? É o mal das democracias modernas... tem que garantir a felicidade royco-cup-a-soup (É só adicionar água ) !!

Obviamente que nos financeiros também há erros,e muitos: a paranóia dos resultados trimestrais, a pressão avassaladora por parte dos investidores, o facto de o que se ganha ser em grande parte dependente das mais valias conseguídas (na prática é uma percentagem - chega a ser 30 a 40% em alguns hedge funds), a perda do "contacto" com a realidade, os enormeeees egos, sei lá tanta coisa...

Até certo ponto, isto é/foi uma espécie de esquema geométrico... (Uma D. Branca versão Borboleta global metida ao sofisticado ). A ganância é uma coisa lixada... Mas a responsabilidade disto toca a todos, e começa no consumidor que faz um credifin para a máquina da louça, passa pelos financeiros e por todos nós que vivemos numa casa que há 20 anos nem sabíamos que seria possível ter, e termina nos grandes culpados: os políticos que não foram eficazes na regulação.

Qualquer dia o jornal de negócios ainda tem um link para o gp-pt !!!

Mas pelo sim pelo não, podemos pedir às meninas que nos cantem esta em coro

(o foulaam vai ir aos arames, com a oração )

... tu não me digas que a Borboleta também está metida nisto a meias com a D. Branca...

... também se mete na Branca Pensei que era só chá Branco

Estava aqui a pensar no que disse mais atrás o confrade Marsápio, e a imaginar-me, em tempos de hiperinflação e «krach» bolsista, a ir de carro à Artilharia ou ao Técnico com a parte de trás do carro ajoujada de notas, perguntar à menina quanto são os três pratos e o facial, ela responder «Cinco milhares de milhões de euros, filho», e eu olhar para trás para o monte e dizer, «Ora porra, só trouxe quatro milhares de milhões e meio... espera aí um bocadinho que tenho que ir levantar o resto a oito multibancos!» (brinca, brinca...)