Caros confrades e confreiras,

Eu utilizo serviços de sexo pago, uma a duas vezes por semana.

E desde a uns meses, que cada vez que faço pesquisas online e também jornal, vejo cada vez mais ofertas, ao ponto que nos dias de hoje, com uma rotina semanal de duas "visitas", ser praticamente impossível experimentar todas as ofertas novas!

Será que é só impressão minha, ou ha cada vez mais GPs e cada vez mais jovens e cada vez com melhor físico e outros atributos que gostamos muito...?

Gostava de saber a vossa opinião...

Saudações,

Claro que sim. Está certíssimo. E estão-nos a pôr um problema: é que não temos mãos-a-medir nem dinheiro para suprir tanto desejo.

E é por causa de dinheiro, ou da falta dele, que elas aparecem em catadupa, digo eu.

no caso da "juventude" parece me ser a "descida de divisao" de algumas familias...recordo me q qnd a dita crise estalou mais a serio..uns dois ou tres anos, de repente o segmento de clientes 18-25 quase desapareceu!!! ou seja, as mesadas baixaram substancialmente ou simplesmente deixaram de existir...
daquilo q vi, as meninas mt novinhas entram na vida de gp aos pares...uma amiga apoia a outra...n digo q sejam todas, mas mtas tentam desta forma continuar a ter rendimentos para as roupinhas da moda, saidas, gadjets..etc...

Acho que o confrade GUP apanhou os pontos essenciais no tópico ao lado. Eu pego por outro lado:

Se vocês visitarem regularmente um shopping de uma grande área metropolitana, provavelmente (ou não) repararam que as assistentes comerciais são cada vez mais jovens, portuguesas, e giras, especialmente nas lojas de roupa. Os salários e as horas estão cada vez piores, a malta com anos de experiência que trabalhava nestes serviços, ou foi "empurrado" para fora ou não aceitou a deterioração das condições e sai para fora, de volta para o país natal ou saindo do país natal. Entraram muitas miúdas que não tinham nada para começar, e para as quais uns poucos euros para aguentar uma loja (que pode ser trabalho duro e de muitas horas) já é qualquer coisa. Estão dispostas a isso.

O meu ponto é: a predisposição a fazer uma coisa mais dura, mais exigente ou menos aceitável ou recompensadora, aumenta com a pressão económica e aumenta quando começamos do zero.


Outro ponto alternativo é que uma maior fatia destas jovens adultas tem uma experiência sexual maior (em tempo e número de experiências) e com menos tabus. Uma punheta, um bico, uma phodinha não é nada já de especial na adolescência de muitas miúdas. Depois vão sabendo que esta e aquela está a ganhar dinheiro...

Pergunta: Moda ?
Resposta: Não !


Durante largos anos, a maioria das GPs pertenciam à faixa etária dos 25 aos 35 anos.

As razões que levavam uma mulher a tomar esta decisão nunca foram boas, tiveram sempre uma qualquer crise grave para resolver.
Aos 25 anos era a idade da autonomia e da coragem, e aos 35 anos era a idade do declínio físico e emocional ou do apogeu financeiro.

Hoje assistimos a três fenómenos:
1º a entrada de miúdas com 19 ou 20 anos
2º a entrada de mulheres com mais de 35 anos
3º a reentrada de muitas GPs

No 1º caso, estas miúdas adquiriram muito cedo vastas liberdades, mais jovens ganharam autonomia e coragem, e prematuramente têm um nível de consumo elevado, e do qual não querem abdicar, com a crise os elos quebraram, e deram o passo em frente, rápido e aparentemente fácil, para satisfazer as suas "necessidades";

No 2º caso, repete-se a história dos meados dos anos oitenta. Com o crescimento das famílias monoparentais e do desemprego, muitas mulheres com reais responsabilidades familiares (filhos menores a sustento e outras), decidem arriscar, entram em regime de part time e depois em full time.

No 3º caso, a crise acabou por dificultar o regresso e a reinserção na uma vida "civil" de muitas ex-GPs. Embora custe muito a todas as mulheres, estas últimas serão as que tem mais facilidade em decidir e se inserir no meio.


Esta amálgama de origens acabou por baralhar os estereótipos que tínhamos das GPs.
O nível de educação e cultura, de origens, de modos, de idades, de serviços é muito diverso.

É tal a variedade, que há uns anos, não encontrávamos determinados anúncios tais como:

- a avó e a neta
- as duas irmãs
- as duas cunhadas
- a grávida
- a desempregada
- a peluda
- a gorda
- a submissa
- a dominadora
- e até o casal


Efectivamente neste mercado muita coisa mudou, a começar pela oferta e pelos múltiplos canais de promoção (aliás alguém imaginaria um grupo de comunicação social fazer um concurso com as suas anunciantes GPs, e com o voto pago dos leitores putanheiros ?)

Em resumo, o serviço das GPs não está na moda, tem mais agentes e está mais difundido. Por outro lado, a sociedade em geral tem uma maior tolerância moral com essa realidade social, exemplo disso é a alguma concordância pública sobre a fiscalidade na prostituição.


Uma última nota:
Em Novembro de 2012, o Gallery fez 20 anos de existência. Eu conheço os donos desde que eram empregados do Trombinhas e fui convidado para a inauguração em 1992, assim como para a festa dos 20 anos em 2012.
Encontrei algumas diferenças: a qualidade do material baixou (as miúdas eram mais bonitas e vestiam-se melhor) e a origem do material é mais variada (dantes quase exclusivamente brasileiras, hoje apesar de serem mais numerosas, existem africanas, portuguesas e de leste).
Mas o mais interessante é o tarifário: em 1992 os preços oscilavam entre os 30 contos (tabela geral) e os 40 contos (premium); em 2012 os preços oscilam entre os 150 euros (até as 2h da manhã) e os 100 euros (discutidos até às 4h da manhã).



Cumprimentos

Totalmente de acordo caro Kwacha.

É essa, exatamente, a minha análise.

Nada tema a ver com "modas"... , mas com nexexidades muito bem caraterizadas, (por faixa etária) pelo confrade

Esta crise instalada traz um pouco de tudo. Casais a separarem-se, filhos a sairem da universidade por falta de verbas para as propinas, enfim nem vale a pena continuar...
O serviço está a moda é verdade, mas dada a tanta oferta de GP's versus a falta de dinheiro em muitas carteiras, diria que a procura baixou 50% e a oferta subiu outro tanto. Tenho muitos amigos e colegas de trabalho que gastavam rios de dinheiro em GP's á uns anos atrás. Tinha um caso de um amigo que era: chapa ganha, chapa gasta, TUDO em GP's, o que faltava para sobreviver era á conta dos pais e até inclusive das GP's.
Mas por um lado até é bom (para nós ) e não tão bom para as Gp, pois a concorrência é dura tanto nos preços como na imagem delas.

Meus caros, quando falo de moda, falo da facilidade com que estas miúdas entram nesta vida, tipo "Épa, vamos ao cinema? Então, deixa-me ir ali fazer uns broches e ja vamos...!" É como se houvesse uma banalização do acto em si!

Antes, nao so se entrava nesta vida mais tarde, como havia uma certa consciência da condição em si, hoje posso garantir-vos, as miúdas dão a con* e o cu, como se fosse, engraxar um par de sapatos...

Fazem-no de uma forma despreocupada, como se estivem a despachar um namorado, que esta com um ataque de tusa e quer uma rapidinha. Tipo "Epá toma lá e cala-te e nao me chateies mais..."

Eu comecei a ver isto a pelo menos uns 10 anos, so que na altura eram poucas com este espirito, agora sao as dúzias...

Está aqui a explicação.

Precisamente! Dai a estar na moda, é um pequeno passo.

Estas arrasca e nao consegues, porque o pai e a mae, deixaram de dar, nao consegues ir ao shopping queimar umas pellas? Entao, vem dai comigo e vais ver que sacas umas massas e com sorte ainda te dao uma ou outra foda do outro mundo...

Em África a prostituição, é uma cena banal, porque o sexo é uma cena banal. Nos aqui na Europa dos valores, das minorias, do "bem" e do "mal", é que esta entrega do corpo, parece mal...

Nota-se uma enxente de GP's, so que tambem quando chegam começam logo por pedir valores avultados pelos serviços que prestam e nem com a crise se faz um acerto nas contas!

ATENÇÃO,

SER GP, OU SER PROSTITUTA TOP NÃO É UM SERVIÇO NEM PROFISSÃO ...

É MAIS UMA VOCAÇÃO, OU SE PREFERIREM UM SACERDÓCIO.

O RESPEITO É BONITO E EU GOSTO.


PS: MELHOR AINDA ... É SER UMA GRANDE ARTISTA

Possivelmente o estigma social também desceu.

O maior entrave a que haja mais serviços de GP é o preconceito e o estigma social (atenção não estou a discutir se o preconceito e o estigma social fazem sentido ou não).

Antigamente tudo o que respeitava a sexo era tabu. Oferecer serviços sexuais era passar uma "thin red line" complicadíssima. A pessoa deveria quase ter a sensação de estar a fazer um pacto com o diabo.

Mesmo que agora não se faça com a displicência de beber um copo de água a actualmente o sentimento de culpabilidade judaico-cristã será bem menor.

A crise pode também explicar algumas coisas embora eu penso que o fascínio pelo consumismo, que faz parte dos nossos valores dominantes, ainda explica mais.

Rapaziada,


Isto tudo tem apenas a ver com uma coisa: necessidade de $$$

Apenas não temos ainda mais GPs à beira da estrada ou no CM porque existe uma coisa chamada protecao social (a)



Foi essa tal de protecao social que basicamente consiste em sobrecarregar* com impostos aqueles que ganham mais "qualquer coisinha" à conta de grande esforço profissional e pessoal para entregar de mao beijada aqueles outros gajos que se sentavam nas secretarias de tras quando andávamos no ensino superior e passavam as aulas a mandar bocas ao prof até irem para a rua e depois geralmente a meio do ano desaparecerem pois estavam chumbados por faltas

(*= inserir aqui tambem o desvio de fundos que deveriam servir para as pagar reformas futuras)


Mas onde é que ia???? pois, a tal protecao social, retirou as GPs portuguesas do circuito durante o final dos anos 90 e durante os anos 00s, oferecendo-lhes uma renda mensal e um tecto e para a abertura de vagas nesta área houve importação de prostitutas da America do Sul e Paises de Leste


Hoje em dia, dada as circunstancias económicas, ja não é rentável a uma GP estrangeira operar no mercado pois o rendimento obtido sofreu um decréscimo radical, assim como a capacidade do estado em oferecer a tal da protecao social pelo que neste momento muita gentinha tem que sair do "dolce-fare-niente-e-da-cá-o-guito-ao-final-do-mês" para passar a dar o corpo ao manifesto.


Existe ainda outra situação, que é durante estes anos da "bolha socialista" existiu um aburgesamento da sociedade, havendo muita boa gente que se endividou ou criou encargos acima do seu rendimento ou então criou hábitos de consumo muito acima da sua capacidade económica e todos nós sabemos que ir de "cavalo para burro" é muito chato e este tipo de situacoes e a perca do posto do trabalho ou redução no rendimento deixou muita gente na mãos em situações de desespero



(a) do ponto de vista de alguem que gosta de "pinar abroad" a instabilidade social é sempre um excelente indicador de grande oferta de GPs a baixo preco. Existem contudo varias coisa que podem neutralizar uma grande diversidade de oferta sexual: o factor religioso, o factor "estado", factor demografico e também para mim o mais importante: o factor cultural que dita a atitude das mulheres em relação ao sexo

Existem aí outros tópicos sobre a crise e sobre o panorama global da actividade, onde muitos confrades se queixam da qualidade da oferta e sobre o facto de o próprio fórum andar muito parado. Como tal, para mim a resposta à pergunta, é não. Se a actividade estivesse na moda, e isso se traduzisse numa aumento quantitiativo e qualitativo da oferta, tenho a certeza de que a área dos Td´s estaria com outra dinâmica e todos nós já tinhamos dado conta disso.