Essa lógica que relacionas é perfeitamente visível e compreensível, claro que será sempre a classe média a pagar a factura já que a menos abastada pouco mais consegue fazer. Mas não é só a classe média!
Existe uma nova classe, pessoas que durante algum tempo ganharam muito bem e se habituaram a um nível de vida elevado e perante o novo contexto e em cenários novos se vêem a viver situações impensáveis. O que acontece não é apenas uma questão politica, neste caso económica, é um problema social [
sociológico] que há muito tempo se vem arrastando mas onde certas pessoas através de truques de magia, ilusionismo, a dita especulação [e não só] e exploração social [
mais de metade da população trabalha para uma percentagem inferior ter acesso a luxos fúteis e desnecessários para a sua vida] tem permito facilitar a vida daqueles que desejam e não têm, através de empréstimos. Este cenário ainda não vai mudar, infelizmente, mas é quase certo que num futuro bastante próximo muita coisa tenha de alterar. Até porque é o único caminho além de que se começa a notar alterações sociais no estilo de vida de algumas pessoas nas ditas sociedades mais evoluídas onde se começa a privilegiar mais o conforto individual [
mais tempo para si e mais tempo para a família] em prol de uma carreira de sucesso e ordenados chorudos...
Foi neste pormenor que a dita democracia económica falhou ao esquecer ou minimizar a importância de um factor comum nesta equação, o ser humano, o individuo enquanto pessoa livre de contextos económicos e da necessidade que tem como herança de viver em grupo, comunidade. Ainda existe muito aprender, principalmente porque as necessidades de hoje são muito diferentes das existentes no século passado [para não referir mais atrás]...
Aconselho a leitura de 2 livros muito bons de Daniel Goleman: "Inteligência Emocional" e "Inteligência Social"http://www.wook.pt/Authors/detail/id/11687Um abraço
