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 Médicos - Ordens Profissionais 
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Mensagem Médicos - Ordens Profissionais
jolinho Escreveu:
Significa apenas que não é de falta de médicos que nós sofremos. Se tivéssemos mais 7.000 médicos, passaríamos a ter 4,5 médicos por mil habitantes. Comparemos com os 2,7 dos ingleses.


O SNS inglês não é termo de comparação para ninguém: é uma belíssima merda.

14 Set 2013

 
 
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
a meu ver, o problema está nos "detalhes" ...

provavelmente o número de médicos a trabalhar deve estar próximo do correcto ...
as deficiências resultam de vários desajustamentos entre a oferta e a procura ...
existem lacunas na distribuição geográfica e na composição por especialidades ...

a sociedade é uma realidade dinâmica, e a formação de médicos tem de ser ajustada às tendências da procura ...

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14 Set 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
Tinoni, o SNS inglês até pode ser uma merda, não contesto, mas o indicador refere-se à totalidade dos médicos (público+privado).

Kwacha, até pode haver desajustamentos - e há -, mas Portugal é o país onde se berra que não há médicos, quando estamos acima da média europeia. Claro que vai sempre haver queixas de que falta um anestesista em Miranda do Douro e um oftalmologista em Mértola. (Passem lá os vídeos da professora e concluem que os mertolenses até vêm todos bem.)

Não pensem que estou contra os médicos e o SNS, nada disso, mas gosto de olhar para os números.

14 Set 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
kwacha Escreveu:
a sociedade é uma realidade dinâmica, e a formação de médicos tem de ser ajustada às tendências da procura ...



Um estudo elaborado a pedido da Ordem dos Médicos revela que em 2025 vão ser necessários menos 400 médicos especialistas, o que significa que todos os anos se formam 32 que não deverão ter emprego.

http://economico.sapo.pt/noticias/necessarios-menos-400-medicos-especialistas-em-2025_177267.html

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16 Set 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
vê-se que é a pedido da ordem...
vejamos, só estão a falar do SNS, que como diz o estudo representa 58% dos médicos.
o estudo assume que TODOS os formados vão para o SNS, pelo menos é o que está escrito no texto.
e 32 por ano ficam sem emprego no SNS... mas não existe emprego fora do SNS??? o estudo diz que 42% dos médicos estão fora do SNS...

17 Set 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
Neste momento começa a haver um excesso de médicos. Não existem capacidades formativas, para formar novos especialistas.

06 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
Estou alguns dias na florida e aqui as coisas funcionam de outra forma, SNS whats that? Se tiverem um acidente e forem parar a urgência de um qualquer hospital então muitos parabéns, acabou de ganhar uma dívida entre 70 000 a 120 000 dólares. Não tem dinheiro para isso? Então venda tudo o que tem e pague, se depois disso já não tiver dinheiro, mas ainda tiver dívida, declare falência pessoal e byebye debt. Este pais e um abuso.

09 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
auditordoputedo Escreveu:
Estou alguns dias na florida e aqui as coisas funcionam de outra forma, SNS whats that? Se tiverem um acidente e forem parar a urgência de um qualquer hospital então muitos parabéns, acabou de ganhar uma dívida entre 70 000 a 120 000 dólares. Não tem dinheiro para isso? Então venda tudo o que tem e pague, se depois disso já não tiver dinheiro, mas ainda tiver dívida, declare falência pessoal e byebye debt. Este pais e um abuso.


Infelizmente é como funciona o país do tio Sam em matéria de Saúde e Educação. Ou se nasce no seio de uma família rica e consegue-se ter acesso aos melhores hospitais e universidades ou então "you are fucked up". Apesar de tudo gosto dos EUA como país porque as restantes coisas compensam largamente estas falhas.

Relativamente ao tópico em questão, é um assunto que me é muito caro. Confesso que não tenho a mínima admiração pelos profissionais de saúde, nomeadamente os médicos. Terei até mais respeito e admiração pelos enfermeiros, analistas clínicos e auxiliares de saúde. Causa-me alguma repulsa entrar nos hospitais e ver os médicos descontraídos de bata branca, estetoscópio pendurado, a passarem de um lado para o outro e os doentes nas macas e filas das urgências à espera de serem atendidos. Além disso não consigo ver sangue e nem consigo ver um ser humano em sofrimento. Portanto é uma profissão que nunca me atraiu.

Quanto às vagas para os cursos de medicina sempre me fez confusão o argumento do excesso de médicos. Compreendo que a quantidade de pessoas formadas nos diversos cursos superiores deva estar ajustada às necessidades do mercado. Se é assim porque é que o assunto não é discutido nos restantes cursos de Direito, Engenharia, Economia e Gestão. Para mim a resposta é simples. Os médicos sabem que se houver muitos médicos, o preço das consultas irá cair ou seja as coisas serão ditadas pela lei básica da economia supply and demand, aqui entre nós, oferta e procura. Na minha área de formação qualquer indivíduo formado em engenharia pode ir trabalhar para o estrangeiro e não vejo a Ordem dos Engenheiros a dizer às faculdades de engenharia para formar menos engenheiros. Ora num curso como Medicina, faz-me impressão que os médicos não consigam conceber a possibilidade de trabalhar no espaço europeu e estejam agarrados a argumentos como numerus clausus. É um lobby muito poderoso mas que só tem força contra o Estado. É que no privado fazem de tudo. Eu já vi médicos no Hospital Cuf Descobertas a empurrar macas e fazer uma série de coisas que não fazem no público. Além disso, no privado muitos são contratados em regime de outsourcing e são controlados por métricas rigorosas como número de doentes atendidos, hora de entrada e saída, reclamações recebidas, etc, etc. Não refilam, baixam a bolinha e trabalham que nem escravos.

Para mim as preocupações com o número de vagas em Medicina deviam ser dos ministérios da Educação e da Economia. A Ordem dos Médicos devia era preocupar-se com outros aspectos mais importantes como por exemplo, porque razão um médico licenciado em Portugal não pode exercer na Alemanha só porque não fala alemão fluentemente ainda que fale correctamente o alemão e domine o inglês.

Não me venham com conversas sobre médicos porque a maior parte dos colegas que tive no liceu e que foram para o curso de medicina tinham como racional duas coisas: ganhar muito dinheiro e conquistar satus social num país onde infelizmente o título de doutor conta muito e o médico é visto como um deus, coisa que não é. A grande maioria dos médicos são meros técnicos que muitas vezes só percebem de medicina e pouco mais. É por isso que na nossa sociedade se encontram pessoas formadas nas mais diversas áreas a exercer diversos cargos e os médicos continuam todos na sua zona de conforto. Estou farto do endeusamento dos médicos e é por isso que raramente trato um médico por doutor. Fico cheio de pruridos só de ver a calma e a moleza com que trabalham porque na minha profissão sou bombardeado com muita pressão e stress e não existem formalismos de senhor engenheiro para aqui e para acolá. O trabalho é para fazer e as pessoas são remuneradas no fim. Não há que dar graxa a ninguém e nem pensar que são profissionais iluminados.

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HERRAR É UMANO

10 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
A grande questão actual não é essa. Um curso de Medicina não é como um curso de Engenharia. Um Engenheiro tendo terminado a licenciatura entra directamente no mercado de trabalho e é acho eu autónomo. Um médico tem de continuar a sua formação mais 4 a 6 anos. Para isso tem de se sujeitar a um exame que é relativamente difícil (exige cerca de 6 a 12 meses de estudo / na fase final para o estudo para este exame estuda-se cerca de 10-12h por dia). Mas a questão, é que tem de haver vagas para continuar a formação. Os hospitais têm de ter capacidade para aceitar internos. E um serviço não pode aceitar o número que quiser. Há ratios. Actualmente não há vagas nos hospitais para aceitar internos, não há capacidades formativas. E um médico sem ter feito um ano de especialidade, não pode receitar, porque a Ordem dos Médicos não concede autonomia para prescrever medicação. Ou seja, um médico que não entre na especialidade porque não há vagas não pode trabalhar em lado nenhum.

Relativamente à questão de imigrar, cada vez há mais médicos que imigram. Talvez não seja tão fácil um médico imigrar quanto outro profissional. Na medicina existe um contacto interpessoal muito grande e portanto um médico tem de ser fluente. Um Engenheiro talvez seja mais simples, uma vez que o contacto com pessoas não é tão intenso. Julgo que na área da Economia também é mais fácil, porque por exemplo, o Inglês é língua corrente, pelos menos na área dos investimentos financeiros. Um advogado também deve ser difícil (como um médico) integrar-se num novo pais, uma vez que tem de aprender nova legislação e tem de ter grande capacidade de argumentação na nova língua.

Também na Medicina, é um bocado diferente ser um licenciado ou especialista a imigrar. Um licenciado vai ter de se submeter a uma exame ou entrevista no país estrangeiro. Acho que no caso que referes (na Alemanha), é uma entrevista e um candidato Português que não seja fluente em Alemão está em grande desvantagem.

Quanto, a médicos a trabalhar em outras áreas acho que se deve ao facto de um curso de Medicina ser altamente especializado, estar vocacionado para uma área específica. Um curso de Engenharia talvez seja mais fácil, porque é uma área mais analítica e por exemplo é mais fácil transitar para uma área de gestão, através de um MBA. Também é uma questão de cultura. Está mais enraizado os Engenheiros ou Advogados a trabalhar em áreas de Gestão do que Médicos. Os Médicos nunca se aventuraram para essas áreas. Contudo isto está a mudar. Nos EUA, há muitos médicos que mudam de área.

Em Medicina há de tudo, como em todo lado. Médicos mais dedicados e médicos menos dedicados. Médicos que só percebem de medicina e médicos que têm uma grande cultura humana.

De um modo geral, também não gosto de médicos. Mas a culpa é do sistema que se criou.

O endeusamento é mau. Acho que isto ocorreu mais no fim da década de 90, em que existia grande falta de médicos. É mau porque muito excelentes alunos foram para um curso para o qual não tinham vocação, e não se vão sentir totalmente realizados na Medicina. Podiam ser génios em outras áreas fora da Medicina.

O grande culpado é quem regula o número de vagas de Medicina. Tem sido cíclico, em vez de contínuo. No pós-abril também havia muita vagas de Medicina e muitos médicos a ser formados. Depois nos anos 90, havia 5 faculdades cada uma com cerca de 100 vagas. Actualmente há outra vez, um excesso de número de vagas de Medicina. Parece que quem faz estas análises do número de alunos que deve entrar em Medicina é que tem errado. E não são Médicos a cometer estes erros, uma vez que não são as Faculdades que regulam os números. Têm sido profissionais de outras áreas, que como dizes conseguem facilmente transitar para outras posições de gestão / política / administração, e tem estado em posições no Governo.

11 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
Os médicos sempre tiveram privilégios que nenhuma outra classe tem - e têm-no em grande medida porque a grande maioria dos cidadãos entende que assim deve ser. É que eles têm uma capacidade muito importante: a de assustar as pessoas.

Eu acabei o meu curso e fui direitinho para o mercado de trabalho. Depois disso, e ao longo dos anos, já fiz mais um mestrado (dos antigos) e uma pós-graduação. Somo assim 5+2+1 anos de ensino superior, só que não foi o estado que andou comigo ao colo. Trabalhei e estudei e paguei as propinas.

O cidadão comum diz "o médico tem a minha vida nas mãos". Já comigo isso não acontece, acha o cidadão comum; felizmente, as estruturas que projectei estão todas de pé.

11 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
A questão atual não é haver médicos a mais, mas sim recem licenciados em medicina sem sítio onde fazer o internato.

12 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
Olha que peninha... :cry: :cry: :cry:

Será que essa classe tem a sua quota parte do desemprego das outras, engenheiros, economistas, advogados etc, etc... ou nem lá perto chega ?

Fica uma mão cheia de estagiarios sem poderem andar perambulando nos hospitais na vida mole ganhando o dobro ou o triplo das outras classes e parece que acaba o mundo... :smt013 :smt013 :smt013

Pra mim a excelência parte por haver competitividade e esforço de melhorar, sem isso a desgraça a estagnação e o comodismo instala-se e depois quando se opera o braço direito em vez do esquerdo... ficam todos discutindo a teoria da batata e ninguém é culpado nem perde a carteira profissional... :evil: :evil: :evil:

Ps: isto deve ser azia, já me arrancaram a vesícula a má fila... :smt087 :smt087 :smt087

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12 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
tanga_chic Escreveu:
A grande questão actual não é essa. Um curso de Medicina não é como um curso de Engenharia. Um Engenheiro tendo terminado a licenciatura entra directamente no mercado de trabalho e é acho eu autónomo. Um médico tem de continuar a sua formação mais 4 a 6 anos. Para isso tem de se sujeitar a um exame que é relativamente difícil (exige cerca de 6 a 12 meses de estudo / na fase final para o estudo para este exame estuda-se cerca de 10-12h por dia). Mas a questão, é que tem de haver vagas para continuar a formação. Os hospitais têm de ter capacidade para aceitar internos. E um serviço não pode aceitar o número que quiser. Há ratios. Actualmente não há vagas nos hospitais para aceitar internos, não há capacidades formativas. E um médico sem ter feito um ano de especialidade, não pode receitar, porque a Ordem dos Médicos não concede autonomia para prescrever medicação. Ou seja, um médico que não entre na especialidade porque não há vagas não pode trabalhar em lado nenhum.

Relativamente à questão de imigrar, cada vez há mais médicos que imigram. Talvez não seja tão fácil um médico imigrar quanto outro profissional. Na medicina existe um contacto interpessoal muito grande e portanto um médico tem de ser fluente. Um Engenheiro talvez seja mais simples, uma vez que o contacto com pessoas não é tão intenso. Julgo que na área da Economia também é mais fácil, porque por exemplo, o Inglês é língua corrente, pelos menos na área dos investimentos financeiros. Um advogado também deve ser difícil (como um médico) integrar-se num novo pais, uma vez que tem de aprender nova legislação e tem de ter grande capacidade de argumentação na nova língua.

Também na Medicina, é um bocado diferente ser um licenciado ou especialista a imigrar. Um licenciado vai ter de se submeter a uma exame ou entrevista no país estrangeiro. Acho que no caso que referes (na Alemanha), é uma entrevista e um candidato Português que não seja fluente em Alemão está em grande desvantagem.

Quanto, a médicos a trabalhar em outras áreas acho que se deve ao facto de um curso de Medicina ser altamente especializado, estar vocacionado para uma área específica. Um curso de Engenharia talvez seja mais fácil, porque é uma área mais analítica e por exemplo é mais fácil transitar para uma área de gestão, através de um MBA. Também é uma questão de cultura. Está mais enraizado os Engenheiros ou Advogados a trabalhar em áreas de Gestão do que Médicos. Os Médicos nunca se aventuraram para essas áreas. Contudo isto está a mudar. Nos EUA, há muitos médicos que mudam de área.

Em Medicina há de tudo, como em todo lado. Médicos mais dedicados e médicos menos dedicados. Médicos que só percebem de medicina e médicos que têm uma grande cultura humana.

De um modo geral, também não gosto de médicos. Mas a culpa é do sistema que se criou.

O endeusamento é mau. Acho que isto ocorreu mais no fim da década de 90, em que existia grande falta de médicos. É mau porque muito excelentes alunos foram para um curso para o qual não tinham vocação, e não se vão sentir totalmente realizados na Medicina. Podiam ser génios em outras áreas fora da Medicina.

O grande culpado é quem regula o número de vagas de Medicina. Tem sido cíclico, em vez de contínuo. No pós-abril também havia muita vagas de Medicina e muitos médicos a ser formados. Depois nos anos 90, havia 5 faculdades cada uma com cerca de 100 vagas. Actualmente há outra vez, um excesso de número de vagas de Medicina. Parece que quem faz estas análises do número de alunos que deve entrar em Medicina é que tem errado. E não são Médicos a cometer estes erros, uma vez que não são as Faculdades que regulam os números. Têm sido profissionais de outras áreas, que como dizes conseguem facilmente transitar para outras posições de gestão / política / administração, e tem estado em posições no Governo.

Nós estados unidos um engenheiro de Portugal tem que fazer exame em cada estado onde queira assinar projectos, não e assim tão linear. Agora sobre a dificuldade desses exames não sei dizer, mas desconfio que sejam mais fáceis do que em Portugal, digo isto porque fico com a sensação de que a malta aqui não puxa muito pela cabeça, o que sabem fazer mesmo bem e consumir, a quantidade de lojas e postos de combustível e inacreditável.

12 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
É um gosto criticar os médicos.. Não digo que os médicos devam ser endeusados, mas pelo menos respeitados. Não compreendo o desdém por alguém, que atingiu uma posição profissional com base no seu suor, trabalho e esforço. Um estudante de Medicina entra com 18 valores no curso de Medicina. Depois o curso não é fácil, é exigente. O exame da especialidade exige um esforço muito grande. Depois segue-se o internato, em que se tem de trabalhar, estudar, fazer trabalho académica e avaliações regulares. No fim da especialidade, um novo exame. Porque se tem de criticar as pessoas que atingem os seus objectivos com base no seu esforço e mérito?

Charlatões, corruptos e quem tem cunhas é que deve ser elogiado e respeitado na mente dos Portugueses.

Nunca vi um médico assustar um doente, dizendo-lhe que tem "vida do doente nas suas mãos".

Os médicos não ganham o dobro ou o triplo. Há médicos que ganham muito, mas outros não ganham por aí além. É como em tudo, os melhores ganham muito.

A questão das vagas do internato. Imaginem que num curso de Engenharia de 4 anos, existia um exame do 2º para o 3º ano, mas que não existiam vagas para todos poderem continuar no 3º ano, porque não havia capacidade de continuar a ensinar tantos alunos. Estes alunos, que ficariam de fora também não teriam qualquer autonomia e não poderiam trabalhar em local nenhum. Gostavam de estar nesta situação?

12 Dez 2013
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Mensagem Re: Médicos - Ordens Profissionais
tanga_chic Escreveu:
Porque se tem de criticar as pessoas que atingem os seus objectivos com base no seu esforço e mérito?

Charlatões, corruptos e quem tem cunhas é que deve ser elogiado e respeitado na mente dos Portugueses.


Esta argumentação é que não faz qualquer sentido.

tanga_chic Escreveu:
Os médicos não ganham o dobro ou o triplo. Há médicos que ganham muito, mas outros não ganham por aí além. É como em tudo, os melhores ganham muito.


Eu comparo o meu automóvel com o dos médicos que tenho na família (e tenho-os), tal como comparo a casa e as viagens, mais os colégios dos filhos, e concordo que eles não ganham o dobro ou o triplo. Ganham cinco vezes mais.

tanga_chic Escreveu:
Nunca vi um médico assustar um doente, dizendo-lhe que tem "vida do doente nas suas mãos".


E por acaso alguém disse isso? Eu pelo menos não disse nada que se pareça. Disse que "as pessoas acham que o médico tem a sua vida nas mãos", o que é bem diferente.

Quanto a histórias de médicos a assustar, sobremedicar, pedir exames a mais, marcar consultas em excesso, há verdadeiras histórias de terror. Eu já vivi uma, dei conta disso rapidamente e mudei de médico; agora estou melhor e mais tranquilo (e gasto muito menos dinheiro).

Se muita gente que passa a vida no médico pegasse no dinheiro e fosse dar uma queca à maneira a saúde dos portugueses melhoraria muito. Dor nas costas? Uma visita a uma das massagistas cotadas na praça faz maravilhas. Mild depression? Um oral de uma "terapeuta" de créditos firmados faz muito melhor do que a fluoxetina.

Ainda hoje fiz a visita natalícia à Natacha Ucraniana. Vale por três sessões intensas de ginásio, proporciona sensações electrizantes e no fim deixa um fulano a planar.

Médicos? Livra, fujo eles tanto quanto posso.

12 Dez 2013
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