Em 1996, foi publicado o livro do Rui Mateus, que contava uma série de podres, sobre a vida do Mário soares, mas rápidamente, saiu de circulação e nunca mais foi publicado....

Caro gpgrelo,

Não e' a minha área, nem a minha formação e' em economia ou finanças, mas isso não me impede de ver o gritante corporativismo do amigo kwacha (era escusado), nem a exacerbada vontade de mandar areia para os olhos.
Se repararmos na pergunta

verificamos logo a tentativa de suavizar a coisa. Basta pensar num credito pessoal para comprar uns eletrodomésticos, ou uma mota ou qualquer outra coisa que não credito a habitação, tem taxas proibitivas. E fico triste por saber que o amigo kwacha também o sabe mas omite.
Falar de rácios de capital quando rácios sempre houveram... Todos sabemos para que servem e o que procuram garantir. Não sei porque e' que isto serve de desculpa a alguma coisa (parece mais areia) . Mas claro, quando vestimos a camisa na hora certa não ha' problema, pior e' quando temos de a despir e não conseguimos.

confrade ze_pombo

eu não gosto de mandar com areia para os olhos de ninguém, muito menos para quem não conheço e sofre de miopia ...
por outro lado, não lhe admito nem a si nem a ninguém que insinue que sou mentiroso ou faltei à verdade ...
na minha vida profissional, lido muitas vezes com informação menos verdadeira ou parcial, pelo que não constitui surpresa para mim, algumas das afirmações por aqui proferidas ...

amanhã de manhã, quando a vida real bater à porta volta tudo ao normal, deixa de haver bandidos e gatunos ... por uma razão simples, o dinheiro é mesmo fodido ...
vamos ficar por aqui, porque eu não comungo a vossa paciência e habilidade para manifestações, cartazes, panfletos etc ...


boa noite
aqui o vosso ladrão vai descansar porque amanhã tenho mais umas vítimas para roubar e enganar

Uma frase que inventei agora para acalmar o momento tenso.

O bancos são como as gajas. Falamos mal de ambos, mas não podemos passar sem eles(as).

Da minha parte já se percebeu que navego muito em águas financeiras e posso afirmar que os bancos não são os criminosos. Tiverem, claro, alguma responsabilidade na crise pois houve demasiados empréstimos sem sentido e depois viram-se com demasiados activos tóxicos. Em 2007 os empréstimos eram como comprar leite num supermercado. Os gerentes bancários eram premiados pelos empréstimos que concediam, sem controlo ou supervisão e depois pummmm.

Mas mesmo assim podemos até agradecer, pois Portugal não tem os problemas bancários que tem a Espanha ou a Irlanda. Os nossos maiores bancos são sólidos e não precisam de capitalização, tanto que uma parte de dinheiro da troika que era para os bancos, eles não quiseram.

O grande problema é político e tem a ver com a forma como se processam as compras de divida pública, pois faz cada vez menos sentido os estados não se poderem financiar directamente e têm de o fazer através das entidades bancarias do país, que por sua vez ganham muito nos juros.

Outra coisa tem a ver com os impostos que os bancos pagam, acho pouco (neste período de crise), mas aqui mais um vez é a classe política quem define isso.
Refilem antes com a Merkl.

Isso de não se poder comprar títulos da divida soberana directa e particularmente NUNCA irei entender, no site do meu Banco Caixa Económica Federal posso comprar e beneficiar de altas taxas de juro da divida soberana Brasileira, muito melhor que qualquer banco oferece, e querendo vender os títulos tem um dia por semana que pode vender e encaixar a preço tabelado de compra e venda, teve hora que estava rendendo cerca de 18% ao ano, neste momento tem titulo pra uns 12%.

O Brasil nesse aspecto dá cartas, acho que cerca de 80% da divida é colocada DENTRO do pais DIRECTAMENTE a particulares, empresas, bancos etc, etc...

Na divida soberana Portuguesa fiz também um negocio comprei a cerca de 82% as OT-5,45 SET.13 que acabaram vencendo agora este mês de Setembro a 100%, mas... já andaram os bancos e bolsa NY metidos ao barulho trincando a sua parte neles... mas acabou mesmo assim sendo bom, foi num ano e meio 18% mais 5,45% ao ano o que deu 17,45% brutos ao ano...

Caro Matic

Uma verdade absoluta, e' uma sina dos diabos...

Caro kwacha,
tenha calma, pois ninguém o esta' a denegrir. Toda a gente percebeu (ate porque teve a coragem de o escrever ) que esta e' a sua área de trabalho, e também parece obvio que você a defende acerrimamente.
Quando referi que estava a ser falacioso (parece que ficou melindrado ) so' o fiz por saber a sua condição de conhecedor e a sua tendência para suavizar e relativizar as coisas. Se ficou melindrado com o assunto, e para lhe mostrar que tenho estima pelo senhor, peço desculpa pelo tom mais critico e pela escolha da palavra.

Você ficou mesmo azedo...
Mais uma vez lhe digo, apesar das opiniões divergentes, tenho estima pelo senhor e volto a frisar que não leve tão a peito o que foi escrito nem dê tanta importância a uma palavra mal escolhida.

Cumprimentos de putanheiro para putanheiro

Confrade Radar também fui um dos tugas " afoitos " que comprou O.T. 2013, tenho até uma a vencer em 2014 e outra em 2016 e já aqui falámos neste mesmo tópico de em Portugal não se poder comprar dívida soberana directa , a explicação não é fácil de dar já que o responsável máximo do IGCP ficou gago com essa pergunta de um jornalista, mas pelos vistos também não está para breve pois este nosso " iluminado governo " vai lançar mais um produto os CTPM ( Certificados de Tesouro Poupança Mais ) para comemorar o Dia Mundial da Poupança em 31OUT próximo.

Ao invés do que seria de esperar e bom para o pequeno aforrador, empresas, etc, com a criação de um mercado primário e taxas mais aliciantes ao comprar directamente dívida pública...

para o estado com parte substancial em mãos dos portugueses que até paga impostos sobre o rendimento ao contrário dos estrangeiros que estão isentos ...

cria estes CTPM que até se podem considerar-se produtos complexos uma vez que o seu rendimento no 4º e 5º ano depende de uma variável macroeconómica.

Alguém entende esta situação no contexto actual

já estou como o Dragon " Apenas sei que nada sei...mas desconfio de muita merda "

Zé pombo, a tua presunção de corporativismo do kwacha só denota que tu não costumas acompanhar na leitura das suas intervenções. Por outro lado, desvalorizar a questão do reforço dos rácios de capital da banca é como retirar todo o substrato ao que se passa de estruturante na banca europeia de há 2/3 anos a esta parte. Simply put, se as expressões Core Tier 1 ou Acordo de basileia não te dizem 2 ou 3 coisas concretas mais 2/3 coisas delas decorrentes, tu não estás de todo enquadrado no básico desta discussão.

Kwacha, confesso que é com surpresa que te vejo a abandonar esta discussão. Na verdade, nunca percebi a chamada que fizeste a ti próprio de personificar o sistema bancário / financeiro desta questão. As consequências sistémicas para a sociedade portuguesa, decorrentes da atuação exclusiva (e subentenda-se mal intencionada) de banco portugueses e europeus cujos meandros acredito te sejam próximos, é uma raridade no histórico da banca portuguesa. De memória, só consigo identificar o caso do BPN. Contudo, o que se passa lá fora - não UE subentenda-se - é avassalador pela natureza explícta e deliberada dos atos e pela dimensão dos ativos subjacentes aos mesmos, cujo efeito sistémico dessa conduta põe paises periféricos - e até não periféricos - verdadeiramente de pantanas. Não sei - e não estou com este parágrafo a menosprezar - o teu nível de 'senioridade internacional' na banca e finanças mundiais, mas parece-me que o problema está demasiado longe de PT, é demasiado grande e é demasiado complexo para que tu te personifiques desta forma (a menos que me digas que vais passar a trabalhar na equipa da Janet Yellen).

É com amargo de boca que te vejo sair da discussão sem conhecer a argumentação do teu entendimento de que há preconceito da sociedade para com A banca / finanças. Clarificando, um preconceito é uma opinião desfavorável sem fundamento sério ou imparcial. Que existe opinião desfavorável, parece-me que existe; com fundamento objetivo também, muito mais alicerçado em coisas do quotidiano (taxas, comissões, atendimento, negas, malta que lança para o desemprego, etc) do que propriamente 'grandes coisas' (tipo impato do bpn, apoio gov. para cumprir o tier 1, etc); Mas nunca vi um banqueiro vir a terreiro defender a honra da sua dama. Eu não quero morrer estúpido e ignorante sobre aquilo que me rodeia, pelo que convido-te a oferecer a tua versão da história antes de mandares o assunto para as urtigas. Pessoalmente, eu abdico de contra-argumentar as discordâncias... só conhecer, por conhecer.

ab.

Acho que o Estado está a oferecer taxas agradáveis, para mais tarde não pagar. Vem aí um haircut da dívida e os investidores ganham uma boa taxa de juro e ficam sem parte do capital.

Jolinho neste momento não vislumbro nenhum negocinho bom com taxa agradável nas Ot's Portuguesas disponíveis no mercado, quem aproveitou aproveitou agora já não tem mais... e não é por falta de ficar olhando de tempos a tempos não... acho que alguém deve andar guardando a carne e fica vendendo estes ossos abaixo...

Caro gpgrelo,
pois..., não costumo acompanhar muitas intervenções, não tenho tempo. Em questões de semantica corporativosmo <=> personificação da ideia.
Não desvalorizei a questão dos racios de capital, so' disse uma evidencia, eles sempre existiram. Quem não quer ser apanhado por mexidas nos racios de capital, preve/antecipa (e' para isso que são bem pagos) e melhora antecipadamente e com tempo os racios; as coisas nunca acontecem de hoje para amanha, mas parece que para a banca aconteceram ontem.
Ja' agora caro gpgrelo pode tirar-me a seguinte duvida, os racios de capital são os minimos obrigatorios mas qualquer instituição pode ir mais alem, certo? Acho que não li mal mas...

Não trabalho na area, logo não tenho de esmiúçar todos os promenores do acordo basileia mas acho que consigo ler qualquer coisa por sites como o do Banco de Portugal que tem na sua pagina informação http://www.bportugal.pt/pt-PT/OBancoeoEurosistema/ComunicadoseNotasdeInformacao/Paginas/combp20110407.aspx e tambem aqui http://www.bis.org/publ/bcbs189.htm.
Cumprimentos

Caro Aranha,

pelo que percebi, a parte indexada ao PIB seria um plus para alem das taxas oferecias, ou seja, a parte que voce chama complexa e' se existir crescimento do PIB e seria 80% do crescimento médio real do indicador.
Cumprimentos

Radar a carne há muito que está guardada para quem come bife do lombo ( vidé quem tem o mercado primário ) e não tenho qualquer dúvida que só abriram o jogo para a raia mais miúda quando começaram a ver o barco baloiçar muito , há um ano e meio atrás sensìvelmente.

Não sei como teve conhecimento e adquiriu as suas OTs mas o que eu lhe posso dizer por experiência própria é que em qualquer balcão dos maiores bancos portugueses não era fácil comprar OTs e ainda hoje na maioria dos casos nem as conhecem e optam por aconselhar o cliente a comprar os seus produtos mais tradicionais.

Deve aqui dizer que não trabalho no ramo, como parece ser o caso de alguns confrades ( kwacha e gpgrelo ) verdadeiros craques na matéria e com quem tenho aprendido muito, mas que sigo com especial interesse e as minhas dicas nesta temática são só coisas básicas e simples ... coisas básicas e simples ... como gosto de citar e recomendar para elevar o nível de literacia finançeira do comum dos portugas

Caro " ze_pombo_ist" acresce um prémio de 80% da taxa de crescimento do PIB caso seja positivo como todos desejamos nos 4ª e 5º ano de permanência, mas para uma análise mais detalhada do produto pode ver aqui :

http://www.deco.proteste.pt/investe/os-novos-certificados-do-tesouro-poupanca-mais-s5032324.htm