malandro

CRISE NO BES: DECO EXIGE APURAMENTO DE RESPONSABILIDADES

Perante a falência técnica inesperada de um dos maiores bancos portugueses, a DECO exige que sejam apurados todos os responsáveis e que estes sejam levados à justiça.

Foi com surpresa que, nos últimos dias, os portugueses descobriram mais uma crua realidade da banca nacional: o BES – um dos maiores bancos portugueses da atualidade e, até agora, tido como seguro pelas autoridades nacionais – era dado como insolvente.

A DECO exige o apuramento urgente de todas as responsabilidades. “Desde administração, auditores e entidades reguladoras, é fundamental que sejam apurados e julgados todos os culpados neste processo em sede própria, civil ou criminal”, defende a Associação para a Defesa do Consumidor. Tendo em conta que o banco efetuou um aumento de capital de mil milhões de euros há um mês, é de estranhar que ninguém se tenha apercebido da gravidade da situação. É também de estranhar que, há quatro dias apenas, as contas apresentadas mostrassem uma situação longe da falência técnica.

Apesar de a solução apresentada para mitigar a crise dos últimos dias – a transferência dos ativos de qualidade (ou seja, que não levantam problemas) para o Novo Banco – tranquilizar os depositantes e titulares de créditos no BES, a DECO exige a rápida clarificação dos factos que fizeram agravar a situação daquela instituição bancária, sobretudo após a apresentação dos resultados semestrais.

A DECO também não se conforma com o facto de não estar prevista qualquer solução para os pequenos acionistas, sobretudo aqueles que investiram no recente aumento de capital, e que vão perder todo o dinheiro investido. Em grande parte, confiaram na garantia do Ministério das Finanças, da Presidência da República e do próprio Banco de Portugal de que a situação do BES não era tão gravosa quanto a que se veio a verificar. Para a associação do consumidor, a solução agora apresentada retira totalmente aos acionistas o que ainda restava de bom daquele banco, pelo que compete ao supervisor e ao Ministério das Finanças encontrar uma solução para estes consumidores.

A associação pede ainda um esclarecimento sobre o que irá acontecer aos títulos de dívida emitidos por empresas do grupo Espírito Santo, vendidos aos balcões do BES. Ainda que, à partida, o banco não fosse responsável por essas dívidas, a verdade é que, por imposição do Banco de Portugal, assumiu que iria pagá-las. No entanto, nenhuma das comunicações oficiais recentes faz referência a este assunto.

A PROTESTE INVESTE, no seu boletim dedicado aos investimentos financeiros e finanças pessoais, tem alertado e alertou para o risco de investimento em determinados produtos, como obrigações, obrigações subordinadas, credit linked notes ou acções com risco elevado. Se tem dúvidas ou questões sobre este tipo de produtos ou quer simplesmente apresentar uma queixa, contacte a nossa linha de informação através do 808 200 147.

Os aldrabões do bad bank e os trapalhões do Novo Banco, gente que não me merece qualquer crédito e depois do meu último comentário aqui, a única coisa que me deixa alguma satisfação é o facto de se ter assegurado ( pelo que nos dizem ) que as poupanças de milhares de portugueses em produtos de risco mínimo estão a salvo

não fora essa solução de emergência, com que cara estes senhores de colarinho branco , uns ladrões e outros aldrabões falam para o pagode depois de os segundos garantirem o que asseguraram e levaram muitos pequenos investidores a aplicarem dinheiro num aumento de capital de um banco que já todos, se não sabiam deveriam saber estava falido

com a apresentação daqueles resultados será que nenhum dos senhores do BdP , do Ministário das Finanças , o muito credenciado e recente " maestro" do Novo Banco sabia o que iria acontecer na bolsa e os resultados que isso iria originar , se até aqui o kwacha diz que na 5ª feira já sabia que o BCE ia fechar a torneira ao BES, qual foi a intenção

podemos ainda perguntar o que é isso de circundar o problema, se ele foi detectado em 2013, como que ficando em banho-maria até atingir a temperatura ideal , depois manter um RS em funções quando teria forçosamente já informações que o caminho que lhe deveria indicar era a porta da rua e chamar a polícia

Muitas questões legais ainda se vão colocar , mas sem dúvidas que mais uma vez se prova que somos um país de brandos costumes, onde o ladrão de chinelo tem castigo assegurado mas os " senhores bem instalados " ainda tem tempo para tudo e por fim ainda gozam com a situação

Ao ouvir o JGF nos seus habituais comentários ao almoço , dizia ele : este país poderia ser um paraíso

quando o encontrar vou dizer-lhe pessoalmente ... olha que é ... olha que é oh zé

O site do Bes do cartão do forum já esta on line...

http://www.dinheirovivo.pt/DVMultimedia/economia/Ativospassivostransferidosparanovobanco.pdf


Não sei o que é pior. Se a lista de "activos", ou se a lista de responsabilidades descritas em b).

Gosto especialmente das seguintes:

iv. Todas as responsabilidades por créditos subordinados resultantes da emissão de
instrumentos utilizados no cômputo dos fundos próprios do BES, cujas
condições tenham sido aprovadas pelo Banco de Portugal;
v. Quaisquer responsabilidades ou contingências decorrentes de dolo, fraude,
violações de disposições regulatórias, penais ou contraordenacionais;
vi. Quaisquer responsabilidades ou contingências do BES relativas a emissões de
ações ou dívida subordinada;
vii. Quaisquer responsabilidades ou contingências relativas a comercialização,
intermediação financeira e distribuição de instrumentos de dívida emitidos por
entidades que integram o universo do Grupo Espírito Santo.


Qualquer cêntimo recuperado pela comissão liquidatária do banco cai logo para as responsabilidades que lhe são imputadas, mesmo as que são de responsabilidade de terceiros (Banco de Portugal - BP). Nos 100 anos que se comemoram do início da Primeira Guerra Mundial, o BP sentiu-se inspirado pelo tratado de Versailles...


O meu ponto é que grande parte dos pequenos accionistas do BES (aqueles que são conseguiam sequer entrar numa assembleia geral de accionistas, quanto mais influenciar ou decidir sobre a gestão do banco) também possuem depósitos no mesmo Banco. E se corre que nas últimas semanas saíram 1.500 milhões do banco, quantos mais sairão se os pequenos accionistas se sentirem frustrados por nem sequer recuperar o montante colocado no aumento de capital?

Bom, ao menos tiveram o gesto de lá deixarem 10 milhões para os gastos na recuperação dos activos. Foi simpático. Os senhores que vêm da recuperação de activos do BPP + os escritórios de advogados estavam a precisar de trabalho.



Sinceramente, dou por perdida a minha posição no BES e sentir-me ia satisfeito se como contribuinte não pagasse mais por isso, aliado à valorização dos restantes activos que não paravam de desvalorizar desde que isto rebentou. Mas não me sinto tranquilo, nem com o boné de accionista, nem com o boné de contribuinte.

apesar de saberem de antemão que com as "poucas" acções que compraram, "não conseguiam sequer entrar numa assembleia geral de accionistas, quanto mais influenciar ou decidir sobre a gestão do banco", e ainda assim compraram ... mais, alguns desses "pequenos" accionistas, passaram a semana passada a reforçar o seu "pequeno" investimento ...

apesar de não saberem ler um balanço de uma empresa quanto mais de um banco ... compraram ... e compraram porque queriam ganhar mais ...

recordei-me de Outubro de 1987, a propósito da bolsa, a famosa declaração de Cavaco sobre "comprar gato por lebre" e as suas consequências ...

Conheco 2 amigos que iam comprar accoes... um deles ainda eram 2500 €

Esse é o dilema do pequeno accionista. Não tem escala para nada, e arrisca-se sempre a perder o investimento no meio de movimentos que desconhece ou que lhe passam ao lado. Eu percebo que seja assim. São as regras do jogo e fui conscientemente a jogo, após o aumento de capital. Aumento de capital que vamos descobrir que não deveria ter acontecido nos moldes como aconteceu, mas isso será outra história.


Agora, sabemos que este mundo não prima muito pela racionalidade, tal como o sexo a pagantes (o paralelismo entre mercados financeiros e GPs daria para um livro). Desconfio que ainda vamos ler e ouvir falar muito sobre "accionistas" e "saídas de depósitos" do Novo Banco durante as próximas semanas.

savalas

um dia destes alguém vai colocar cá fora informação a este respeito

quantos pequenos accionistas não acompanharam o aumento de capital e venderam os seus direitos de subscrição
quantos pequenos accionistas venderam parte ou a totalidade da carteira desde do aumento de capital até 6ª feira

para efeitos de CMVM, só e considerado pequeno investidor quando o total da carteira é inferior a 50.000 euros

Concordo, já o disse no post anterior. O meu ponto é que tu e eu sozinhos não fazemos um mercado. Temos de lhe juntar uns bons milhares de agentes que não compreendem as implicações deste mundo, e adicionam-lhe uma grande dose de irracionalidade.

Espero não ter razão, e isto siga tranquilo. Mas tenho as minhas dúvidas.


Quanto à minha decisão de ficar até ao fim, o meu investimento equivale a 8 meses de consumo de sexo a pagantes. Aliás, recomendo a conversão de decisões de investimento em "unidades convertíveis de sexo a pagantes" para efeitos de decisão racional, até porque se as coisas correrem mal... já sei onde cortar.

Considerei que valia a pena o risco, e depois da entrada do Vitor Bento, acreditei que essa equipa podia dar a volta ao Banco. Em retrospectiva, parece-me agora que entrou propositadamente para esta fase, da parte má separada. O homem gosta de trabalhar para o Estado, perdão, para os bancos. Tal como na SIBS.

Sou um pequeníssimo investidor. Tão pequeno que um aumento de impostos é significativo em comparação. Mas é o que se faz com ele que conta.

Houve realmente muito boa gente que andou a pedalar e sprintar , apesar das recomendações que tive ocasião de postar aqui , por quem analisa os mercados com conhecimento técnico, metodologias o mais rigorosas possíveis e sobretudo com isenção na apreciação por não estar ao serviço de nenhum parceiro estratégico …

cito Em bolsa, a acção perdeu mais de 80% nos últimos três meses. No entanto, não é motivo para recomendarmos a compra deste título. As incertezas são muitas: venda a acção.

mas a condição humana é mesmo assim , no entanto será bom dizer que esses investidores o que fizeram , acredito que conscientemente, não foi investir mas sim especular , e desta vez tiveram azar … c´est la vie

mas não foi a estes que me referia no meu post anterior , mas sim aos que investiram no aumento de capital baseados na informação que senhores bem informados mandavam para a comunicação social , fazendo acreditar que com um aumento de capital e uma “cabecinha de ouro” a pegar o touro pelo cornos seria o suficiente para dar a volta ao assunto

pelos vistos não era, e a questão que se coloca é se não deram informações erradas para o mercado e com que objectivos , porque pessoalmente não acredito que pessoas com experiência na matéria e com a informação que tinham não fossem capazes de antever as consequências … como é óbvio refiro-me ao BdP, ao novo CEO, ao M. das Finanças , ao 1ª Ministro e ao nosso maior professor da área o tal que nunca se engana e raramente tem dúvidas

mas afinal também não nos tinham dito que o problema de Portugal não era como o da Grécia e menos ainda da Irlanda , esta sim com um grande problema a nível bancário … o nosso sistema bancário estava forte e coeso , e por fim foi o que se viu

Por falar em submarinos... Não me admirava se voltassem à baila, não sei porquê

Eu ia investir por estes dias; felizmente não o fiz na semana que findou - e assim vou poder continuar a ir às meninas. (A verba que ia aplicar corresponde a um ano de meninas.)

No último ano ganhei quase 100% no BCP. Infelizmente o valor era menor ainda, três meses de meninas.