Bala devolvida quase intacta, pois dei-lhe um banho de prata. Assim, podes afastar qualquer lobisomem que te ande a rondar.

Quanto a essa felicidade de que falaste agora, claro que não é momentânea. Ela está lá, guardada algures no teu cérebro, a espera de me ver online. O segredo está em fazeres como eu… puxa por esses pensamentos offline. Vais ver então o que é uma felicidade duradoura!

Toma lá um obus imaculado…

O ke para aqui vai ......

E isto agora está calmo, Confrade Vicente. A Xena não apareceu hoje e não estou lá muito feliz (excepto off-line… ).

Mais um tópico tipico de Agosto.




A Felicidade não tem que ser um estado constante. Porque é que a felicidade teria que ser um estado constante??

Se um ser só sentisse felicidade, como é que esse ser saberia o que é a felicidade, sem qualquer termo comparativo?


Eu sinto. Sinto muito. Muita coisa.

Sinto-me bem. Sinto-me mal. Sinto-me triste. Sinto-me alegre. Sinto-me feliz. Sinto MIL COISAS!


A "felicidade" nem é, para mim, um estado, senão um SENTIMENTO, e como todos os sentimentos, é claro que vai e vem.


Agora acho que uma pessoa tem mais probabilidades de se sentir feliz reconhecendo os vários momentos da vida, e sabendo aproveitá-los. Vivê-los. E quando falo em viver os momentos, falo tanto dos bons como dos maus momentos.


A vida só se vive uma vez (diz-se por aí, que ainda ninguém me conseguiu provar essa afirmação como sendo um FACTO), pelo que temos que a aproveitar ao máximo. E os momentos tristes, dolorosos, maus, etc, TAMBÉM FAZEM PARTE, e devem ser VIVIDOS, até porque são o nosso termo de comparação para todas as coisas boas que a vida tem (que são inumeras!!).


Logo, insisto, contrariando muitos confrades, que a felicidade para mim não é um estado, senão um sentimento, que não é (nem nunca poderia ser) continuo e infinito. Mas existe, e todos podemos fazer por nos swentirmos felizes mais vezes. Não depende só de nós, mas depende em certa medida de nós.


O sucesso não é bem a mesma coisa, porque muitas vezes está aliado a perpectivas e projecções que fazemos e que não se concretizam. Acho que muita gente não tem a capacidade de "actualizar" as suas projecções e projectos tendo em conta as constantes alterações que ocorrem na nossa vida, e isso pode fazer com que muitas vezes até sejamos bem sucedidos aos olhos de outros, mas não aos nossos. E vice-versa. Às vezes achamos que estamos a ser extremamente bem sucedidos, e os outros não o vêem assim.

Ao contrario da felicidade, não considero o sucesso como um sentimento. Nem sequer um estado. O sucesso tem a ver, para mim, com percepção e perspectiva, e nada mais.

Não é preciso "sentir" infelicidade, caro Zezeca Marinha, para sabermos o que é felicidade. Tal como não é preciso sermos mordidos por um tubarão para sabermos que dói… Basta vermos os outros a serem mordidos!

A serem fodidos, querias tu dizer

Não! É mesmo a serem mordidos pois o tubarão não sente qualquer atracção sexual pela espécie humana…

Não concordo caro GM (e como no teu caso leio todos os teus TD, que até já me pareces da familia, vou passar a tratar-te por tu).



Falas de uma mordidela, e uma mordidela não é um sentimento.


Se me falares de dor, já é outra coisa. E aí volto ao mesmo... Se só sentires dor, não sabes o que é o prazer, e logo se calhar não achas a dor negativa, tomas a dor como normal, já que SÓ CONHECES DOR.


É lógico que não existe nada assim, eu estou a falar de uma situação meramente hipotética.


Dou um exemplo de uma situação com alum paralelismo (não é exactamente a mesma coisa, mas tem qq coisa a ver) que vivi em Cabo Verde. A certa altura pus-me para lá à aventura, sem guias nem nada, por meio das "vilas", que para nós são mais "favelas" que outra coisa. Fiquei um bocado deprimido com aquilo, sinceramente, porque as condições em que eles vivem são deploráveis. E a certa altura encontrei lá um tipo uns 4 ou 5 anos mais velho que eu e pus-me à conversa com ele (o povo de Cabo Verde é de uma simpatia ímpar). Rapidamente me apercebi que quando eu lhe falava de confortos materiais, ele não entendia muito bem de que é que eu lhe estava a falar. Por uma razão muito simples. Ele é dali, nunca saiu da vila, não conhece outra coisa, e para aquilo que ele conhece, vive muito bem. EU SEI que ele vive em condições muito pobres em termos de conforto... PARA MIM. Para o MEU standard. Para o MEU modo de vida. Agora este gajo... Tem sol, praia perto, o café da vila tem uma TV que passa a bola, há ali cerveja barata, tem comida... O que é que ele quer mais? O que é que HÁ mais?? Para ele, tem TUDO! Se calhar é um gajo rico como eu nunca vou ser!

Sei que o que escrevo não faz sentido empirico. Mas se pensares bem na teoria, na teoria apenas, e te alheares de ti próprio, vais ver que faz sentido aquilo que escrevo:

Se tu sentires sempre o mesmo sentimento, seja ele bom ou seja ele mau, ele não vai ser nem bom nem mau (antes pelo contrário), porque não vais ter termo de comparação...

Tenta lá fazer esse exercício de raciocinio e depois diz-me qq coisa.

Meu caro ZM, eu até concordo com algumas das coisas que dizes mas…

Se esse teu amigo caboverdiano tiver acesso à televisão e vir alguma coisa para além do futebol, ele sabe perfeitamente dar "valor" a determinados bem materiais. E se, entre programas, der atenção à publicidade, não só sabe dar "valor" como inventa a necessidade de ter certas coisas. Provavelmente, quando lá voltares, num canto da sua casinha tem uma lustrosa e "indispensável" Bimby…

Quanto à dor, estamos programados para a identificarmos e sentirmos. O contrário é que é uma anomalia e dá pelos nomes de Síndrome de Riley-Day, Analgesia congénita, Linfoma de Hodgkin e outras…