Comigo, eram mais uns poucos...

Tens de virar islâmico

Antes isso que benfiquista.

Os irmãos Kouachi não mataram por fidelidade ao Islão, mataram pelo radicalismo das suas ideias.Eram muçulmanos, mas Ahmed Merabet, o policia que indefeso pediu no chão que pediu para não ser morto, também o era. E morreu abatido á queima roupa apenas por ter sido destacado pelo seu superior para proteger Stéphane Charbonnier, director do Charlie Hebdo.. Se calhar até não achava grande graça ás caricaturas do jornal satírico francês, mas teria de estar disposto a matar os que desenhavam para ser poupado pelos irmãos Kouachi. A defesa da vida humana contra alguém que a menospreza é tarefa impossível. Não há policias, armas, leis e prisões que travem terroristas como os irmãos Kouachi.

Eu sou ateu já o disse mas não insisto em insistir ou resumir tudo a uma questão religiosa de inspiração muçulmana, convém, relembrar o que aconteceu na Noruega em 2011 quando Anders Breivik matou a tiro num acampamento de estudantes nem 12 nem 13 mas sim tirou a vida a 77. Muçulmano? Nem por sombras, depois de ser capturado e durante o julgamento que o condenou a 21 anos de prisão (21 anos por matar 77 ?, devia era ser executado), Breivik insistiu no ultranacionalismo, no islamofobia e no racismo.

Talvez a grande medida contra o terror da Al-Qaeda, do Estado Islâmico seja eliminar de vez o factor religioso da questão, o problema do terrorismo é acima de tudo, político e social.

Na nossa sociedade, também há leis sobre o comportamento da Imprensa, para alem dos códigos de ética temos prevista no codigo penal os crimes de difamação, da ofensa, etc que se podem aplicar no caso de alguns cartoons do Charlie Hebdo.


O problema é que cá temos um lei e uma sociedade e nesses pais lá há outra, e eles não podem vir para cá pensar que estão lá ou querer transformar isto no país deles

Disseste tudo... Como disse alguém sobre isto, se não aceitam as leis desses paízes, têm opção de voltarem para os deles.

É um fixolas, um santinho porreiraço, um fofinho... com o melhor departamento de marketing de sempre. Mas quando chega ao ponto de por o preto no branco, voilá!



Abusar da paciência de cristãos, judeus, muçulmanos, gays, heteros, homens, mulheres, esquerda, direita, foi desde sempre a linha editorial do Charlie. Porque é que só estes imbecis reagem assim?

Se vamos falar em citações corretas tenho que lhe pedir que as faça corretamente. Também eu não referi que você estava de acordo em que eles estavam a pedir para levar uns tiros. A ideia subjacente é que estavam a pedir uma retaliação.

Dizer que "estavam a pedi-las" é uma boa interpretação para a frase "...quem semeia ventos colhe tempestades", ou então que ".... o balão ia rebentar mais dia menos dia" . A interpretação está correta e não é abusiva e muito menos quer dizer que você estava de acordo com os tiros. Esteja tranquilo porque ninguém aqui acha que você estava de acordo com os atos terrorristas. Sobre este ponto penso que estamos conversados.

O que parece ser evidente é que você está muito próximo daqueles que acham que são bafejados por uma qualquer graça divina e que por este facto, não deverão ser criticados ou objeto de qualquer tipo de humor. É o caso das religiões, dos líderes religiosos, dos diatadores, pretensos a ditadores, etc. Este tipo de gente normalmente não gosta de ser objeto nem de críticas nem de caricaturas humoristícas, isto para ser brando.
Por isso eu compreendo perfeitamente que o Papa se sinta incomodado porque também a estrutura religiosa dele foi objeto de críticas. Aliás de um modo geral as religiões acham que deverão estar acima de quaisquer críticas. Acham-se divinas. Nada mais errado.
De um modo geral as religiões são filosofias de vida criadas pelo homem e ás quais outros homens se opõe com outras ideias diferentes. Por isso é que existem várias religiões diferentes. Ninguém aqui está acima das críticas, sejam humorísticas, literárias, académicas ou o que quer que seja. Portanto, tanto o Papa, o bispo, o aytolla, o emir e todos os ayatollas por este mundo fora, têm que se conformar com o facto de existirem outras pessoas que se riem das ideias e das crenças deles. Se não gostam dos risos dos outros utilizem meios legais para litigar. Não podem é probir os outros de se rirem das ideias deles.

Por outro lado a comparação que o papa faz aos insultos á nossa mãe não pega. Compreendo que ele tenha falta de argumentos mas comparar a caricatura de um profeta guerreiro, fundador de uma religião a insultos proferidos contra a nossa mãe são coisas muito diferentes. De qualquer modo a minha reação perante uma crítica á minha mãe quanto muito poderia valer-me uns dias na prisão por desacato público. Por isso acho que o papa esteve muito mal em sequer esboçar uma atitude de compreensão.

A intolerância do islão é algo histórico e muito conhecido. É este tipo de mensagens que devemos passar e não dizer que o Charlie encheu demais o balão.

Verdadeiramente insultuoso é aquele "É normal! É normal!..." https://www.youtube.com/watch?v=cnYNHto2CS8

Je suis TESO

Respeita para seres respeitado. Sou catolico e dou sempre a outra face. Mas se se meteram com a minha mãe levam com o punho. Mas isto sou eu que ainda acredito na honra e na verdade. Sou antigo.....

Claro, claro. Pois, pois.

para quem nasceu e viveu sempre em liberdade ... e nunca trabalhou junto do poder ... as minhas próximas palavras poderão ser de difícil aceitação ...

a sociedade árabe nunca conheceu a liberdade e a democracia
a sociedade árabe não tem sociedade civil nem diálogo ideológico
o poder é alicerçado nas instituições seculares (exército / igreja / monarquia)

a liberdade e a democracia são vírus letais
o seu maior inimigo é o laicismo ocidental

é um problema político que exige soluções políticas

num passado recente, americanos e europeus "acreditaram" na exportação do modelo ocidental ... foi um fiasco completo
as sociedades não fazem saltos civilizacionais ... evoluem ... qualquer progressão forçada em "corta-mato" só irá fracassar

nos últimos 600 anos, a sociedade humana conheceu uma forte diferenciação, e os árabes saíram da classe média em 1945 !

Claro que a "exportação do modelo" só poderia dar asneira.
Mas, neste caso, o que se trata é de não contemporizar com a "importação do modelo oposto". O que tem sido facilitado pelos defensores do "direito à diferença" e da "multiculturalidade" que rapidamente escorrega para a constituição de ilhas e guetos de "diferença".

Naturalmente, também não será "à bruta" que se chega lá e sinais como estes http://www.publico.pt/mundo/noticia/muc ... ie-1682534 dão que pensar.

Daquilo que presenciei, fiquei com a sensação que havia um gap de uns cinquenta anos entre um país árabe, o único em que vivi, e o mundo ocidental como o conhecemos. Cinquenta anos é simultaneamente muito e pouco, depende do nosso ponto de vista. Cinquenta anos, canais de comunicação, circulação de pessoas e abertura significa que as coisas tendem a convergir, mas também significa que a convergência é gradual - e que os jovens de t-shirt e basebol cap que vemos a sair do McDonalds podem já ter os casamentos combinados desde que nasceram.

Há quarenta anos as meninas eram educadas para o casamento e a vida de casa. Hoje em dia são educadas para o casamento e a vida de casa, mas têm que se instruir também (ensino superior). Os jovens querem uma noiva instruída, mas em muitos casos ainda não querem que ela trabalhe fora de casa.

Se passarmos para um país vizinho, esse gap pode ser de 70 anos e não de; se formos até à KSA, o gap passa para 200 anos. Nas regiões mais atrasadas ele é ainda maior, uns 500 anos.