Agora entendi, e estou de acordo.

Pois é verdade, concordo que temos de resolver o problema dos idosos, mas eu quando era pequena tinha sempre as minhas avós pra cuidarem de mim enquanto os meus pais trabalhavam, agora os meus pais, o pouco tempo que têm é pra cuidar dos meus avós, e eu não tenho ajuda dos pais para cuidar dos filhos enquanto eu trabalho.
Certamente como eu muitas pessoas não conseguem ter tempo para as crianças que a partir dos 4 meses já vão para uma ama, depois pré escola, depois escola etc, como é que vão ter tempo para os idosos?

Além de que grande parte das pessoas ainda tenta trabalhar mais horas que o estipulado para ter mais uns trocos ao fim do mês.

Julgo que muitos só deixam os pais ao abandono, por falta de tempo, depois por falta de € para os meter num lar, ou porque os idosos não aceitam mesmo ira para um lar, caso dos meus avós... e não entendem a dificuladade dos filhos para terem tempo para eles.
Ou porque as reformas são tão baixas que os idosos não conseguem pagar o lar ou a quem os vá vigiando.

a propósito do Outlook do FMI de Abril de 2015

reparem no seguinte:

os 2 primeiros mapas do relatório (petróleo)
e a revisão do crescimento para a Zona Euro

http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2015/01/pdf/c2.pdf

2015 é ano de legislativas em Portugal e em Espanha

não tenho dúvidas que o caso Sócrates irá pesar nos resultados do PS

hoje foi preso Rodrigo Rato

não tenho dúvidas que irá ter reflexos nos resultados do PP

http://elpais.com/

PS sem dinheiro para rendas, água ou luz

Quatro anitos na oposição, não dá. Malta, vamos todos votar no PS para que isto não volte a acontecer.

http://expresso.sapo.pt/a-primeira-vez-em-que-eles-foram-noticia=f918128

E agora? Depois dos cofres cheios vem a fase dos bolsos cheios?

A proposta é ousada, não vai agradar a Bruxelas, a segurança social vai ter um rombo, mas acabei de ler uma perspectiva optimista de Pedro Santos Guerreiro, que aponta riscos, mas afirma que são ideias que vão no bom caminho e sobretudo criam uma fronteira clara entre o PSD e o PS, afirma mesmo, que a partir de agora ninguém se pode queixar de não existirem alternativas...

Pois é uma alternativa, só não explicam onde baixam a despesa do Estado ou aumentam a receita para manter o equilíbrio. A treta do aumento do consumo já não convence ninguém. Se eu for mais vezes ás GPs não pago a minha casa mais depressa...

O atual governo, que não tinha grandes opções, escolheu ser obediente e subserviente - e, qual capataz, resolveu meter os tugas, esses gastadores que ganhavam 14 meses e trabalhavam 11, na linha. Volto a dizer que a margem de manobra não era muita, mas podíamos pelo menos ter tentado negociar alguma coisa.

Agora é diferente, o Syriza ganhou na Grécia, pode haver surpresas em Espanha, e os gregos fizeram frente aos poderes instituídos. Ainda é cedo para sabermos de os gregos se estampam ou são bem sucedidos, mas acontece que as oposições têm agora espaço para fazer propostas inovadoras.

Era preciso que alguém fizesse basqueiro, e o Syriza fez bastante. A partir de agora as regras absolutas e as medidas indispensáveis dos banqueiros já não são assim tão abolutas, umas, nem tão indispensáveis, as outras.

Ainda não tive ocasião de ver as propostas do PS, mas espero que não sejam uma bosta. É que há por aí uns whizz kids que fazem maravilhas com o Excel, mas o mundo não cabe numa spreadsheet e há modelos muito bonitos que só têm um problema: por vezes não funcionam. Talvez estejamos na altura de fazer as coisas à antiga.

As propostas do PS para a próxima década
http://expresso.sapo.pt/users/3590/359063/bcacc24d2f3aa5d68bbc70d391e4e1d7.pdf

já li ... fiquei com a sensação que os autores destas propostas deviam voltar para a universidade para reaprender os conceitos ...

E ao contrário do que a imprensa avençada já anda para aí a apregoar, tipo imbecilidades do género:
- "finalmente temos claramente uma alternativa" ou
- "a partir de agora podemos ver duas visões distintas para o país",
é mais do mesmo, PS e PSD estão cada vez mais iguais - burocracias asfixiantes, estado cada vez mais autoritário em vez de imparcial, subsídios a rodos para os fracos, e tudo a mamar das tetas do estado para os mais fortes.

Uma tristeza.

É o problema destes exercícios, que têm que se apoiar na realidade e apresentar propostas apelativas, que entusiasmem o cidadão. Isto é praticamente impossível de fazer, quando sabemos que a realidade é o que é e a capacidade de ajustamento que a nossa economia tem é mesmo muito pequena. Nestas alturas esta malta acaba a construir uns modelos fantasiosos.

Ninguém ganha eleições apresentar soluções que vão ter um efeito gradual ao longo do tempo. Não, é preciso usar chavões como "Acabar com a austeridade" e outros parecidos.

O documento de estratégia apresentado ontem pelos economistas "independentes" do PS é fantástico, só tem um problema: novamente se privilegia o crescimento pelo lado da procura (consumo), em vez da oferta, justamente uma das causas que nos trouxeram à pré-bancarrota, com um desequilíbrio na balança externa brutal.

As empresas "rentistas" (aquelas que vivem de rendas) devem estar a bater palmas.

Temo que, com a ajuda dos jornalistas, uns, analfabetos, outros, amiguinhos da publicidade que os faz sobreviver (Galp, EDP, NOS, PT e outros), o povo se deixe levar pelos amanhãs que cantam. Se assim for, daqui a 2/3 anos, lá termos que recorrer a novo programa de ajustamento. Fixe!

Já nem falo na previsão de cenário marco-económico de médio/longo prazo que prevê um crescimento médio do PIB de 2,6% ao ano de modo a compensar, através da receita de impostos, o aumento brutal da despesa.

Mas nesses 2/3 anos, com o crescimento do investimento público, lá surgirão mais umas fortunas. Depois nós pagamos, no problem.

Marsápio, quem sou eu para discutir economia contigo. Só queria fazer-te uma pergunta. Já leste atentamente as 90 páginas do programa macro-económico apresentado ontem pelo Doutor Inércio? Depois não te resta tempo para provares umas iguarias indianas nem para passeares pela zona de Carcavelos. E mais não digo.