Vim eu aqui na procura de um esclarecimento na sequência de uma acesa discussão que tive.
Todos sabemos, os que como eu já se arrastam de andarilho, que era costume os pais de certas famílias encontrarem uma forma de iniciarem os filhos.
Quanto mais não fosse para pouparem na vergonha e despesa da lavadela dos lençóis e toalhas.
E também sabemos que na altura das “sortes” muitos faziam a festa por ser aí a sua iniciação não só nas “mulheres” como nos copos.
O meu pai era adepto da educação de rua.
Nunca houve nenhum tipo de pressão para iniciar os seus filhos (ele também não o foi).
Mas sim a tendência para que eles abrissem os olhos e se fossem desenrascando.
O meu amigo já assim não foi.
O pai, oriundo de família tradicionais, mais não quis fazer do que o pai dele lhe fez.
E ele assim quis iniciar o filho.
Lá arranjou uma moçoila nova, de trato agradável, e lhe pagou para que ela recebesse o filhote e lhe explicasse a “vida”.
Ora bem, esse filhote, único, evidenciava um certo atrevimento/curiosidade com uma miúda que eles tinham de certa forma protegida e que servia lá em casa.
Algo normalíssimo na época.
Para evitar algum desastre eis que há que iniciar o miúdo e ver que o mundo está para além das paredes da casa paterna.
Veio o miúdo de lá macambúzio e com os olhos húmidos.
O pai lá colocou aquilo no deve e haver e deu por finda a sua contribuição.
O miúdo prosseguiu a bom ritmo os estudos sendo hoje uma pessoa muito bem conceituada na sua área.
Não estranhou aos pais, em face do sucesso escolar do filho, a falta de amigas, namoradas e mesmo de uma certa boémia estudantil.
O miúdo gostava de estudar e estava tudo justificado.
Só que deram há tempos em reparar que era altura de netos e vai daí começaram a tentar solucionar o “problema”.
O pai é uma pessoa discreta mas “bon vivant”. A mãe é pacata e faz-se de cega surda e muda.
Arranjaram umas visitas femininas através de jantares com casais amigos.
Tudo muito burguês e chato.
Só que o “pretendente” se recolhia e uma vez evidenciou uma certa agressividade em alguns desses jantares.
A discussão entre o meu amigo e a legítima estalou logo que descobriram o drama.
O miúdo, que tinha mostrado ser atrevido para com o sexo “ideal”, passou a ser apreciador do sexo oposto ao ideal!
E a mãe, cega surda e muda, atirou as culpas para quem o marido arranjou para iniciar o filho. Tudo normal.
Contado isto, eu nem quis acreditar.
Numa conversa a dois, o pai e eu, não conseguimos descortinar até que ponto possa aquele primeiro (pensamos nós) encontro sexual ter sido traumatizante.
Numa conversa a três, pai, filho e eu não restaram dúvidas acerca da orientação deste último e do seu asco às mulheres, excepto a mãe.
Nada tenho contra a orientação sexual de cada um. E desliguei.
Só que me esse meu amigo me telefona e me convida sempre para dissecar o que ele julga ser um problema do filho.
Eu não posso ser bom conselheiro porque nem me iniciei com GP’s.
Tudo o que aconteceu entre os 14 e os 17 foram fiascos atrás de fiascos.
E nem por isso me desinteressei. Bem pelo contrário.
No mundo das GP’s, a iniciação deu-se muito tarde, mas com uma boa experiência que mais pareceu um engate normal do género “até à vista”.
Tinha eu por adquirido que uma boa inicial experiência com uma GP pode dar em vício.
Uma má é que me suscita um campo de possibilidades.
Mudemos de “agulha”.
Quando se passa de bopista (entendido como li que é em São Paulo, “manso com as p…”), concedendo serem elas providas de sentimentos como qualquer outro, a pretender ser “educador de massas” diria que algo se deve ter passado.
Se foi por deficiente iniciação ou por desilusão em que ambas possam ter conduzido a traumatismo pouco vem acrescentar ao que me motivou na abertura do tópico.
Creio eu.
E quanto às tampas que saltam não podemos esquecer que a gravidade as faz cair em cima de quem as fez saltar.
Cada qual é como é e a mais não pode ser obrigado.
Enfim, é na diferença que podemos encontrar o que nos é comum.
Não deixa de haver uma colisão com o conceito de que todas as conhecidas são isto ou aquilo menos as outras que nem conhecidas são.
E existe sempre aquele chatice do "diz-me com quem andas...".
A questão das civis mostra-se interessante na medida em que se tecem conceitos de que estas serão menos perigosas que as soldadas -> generalas.
Ora, não me lixem a mim, que nada disto está estabelecido.
O que é aceite é que
uma civil e
um civil em que ambos não sejam portadores podem estar tranquilos se nenhum "mijar fora do penico".
Mas mesmo assim devem respeitar regras de higiene mínimas.
Depois há a questão de quem lixa quem.
Como foi bem referido a ideia de estar com uma GP tem a ver com o facto de não existir compromisso de uma relação amorosa.
O estar com uma civil pode implicar compromisso.
Já aqui neste fórum vi quem fez contas e concluiu ficar mais dispendioso.
São as saídas, as prendas, a gasolina, o jantar, os almoços, o hotel/motel/pensão e o tal chamado de compromisso.
Se a “coisa” evoluir, além do investimento necessário, se der em divórcio fica-se para saber quem lixou quem.
Concluindo, feitas as contas, abstraindo o “título de propriedade” (existente só na cabeça de alguns) diria que fica bem mais caro uma civil que uma profissional.
Pela primeira o taxímetro está sempre a contar.
Na segunda é só o tempo de troca de fluidos.
