RockInRio Escreveu:
Só é pena é que estas campanhas sejam necessárias. É a substituição dos deveres do estado pela caridadezinha (tal como apelidada pela Isabel Jonet). Coisa de 3º mundo.
Ò amigo RockInRio só em parte concordo contigo, concordo na parte da caridadezinha (que implica os chás das tias e os "os pobrezinhos são tão giros sei lá").
Mas penso que uma cidadania activa, de uma sociedade que não foi totalmente capturada pelo Estado, na qual as pessoas devolvem voluntariamente à sociedade algo do muito que ganharam é uma coisa boa. Por exemplo Nova York e Los Angeles são cidades que têm uma vida cultural vibrante graças a obras como a Fundação J. Paul Getty (Los Angeles) ou o Guggenheim (NY). Os progressos na luta contra malária têm sido conseguidos graças à Fundação Bill & Melinda Gates.
Cá com a excepção das fundações Gulbenkian e Champalimaud (também só feitas depois dos promotores mortos, não podiam levar o dinheiro para o túmulo) a lógica predominante para a constituição de uma fundação não é "devolver à sociedade" mas "sacar à sociedade". Veja-se o caso dos subsídios à Fundação Mário Soares ou à Fundação Saramago (a viúva fica com os
royalties do livros e a fundação vai buscar dinheiro aos contribuintes para promover a obra.)
Bom ano,
TR